segunda-feira, 26 de julho de 2010

enquanto dormes


aqui mesmo ao lado. no sitio mais cómodo do planeta. onde não corre o vento e o sol se protege em mil almofadas. aqui ao lado não há sons irrequietos, só o som das teclas e o teu respirar, profundo, limpo, lindo. eu e tu somos isto, um mar calmo, sem grandes movimentos, forte, azul e às vezes removido pelo frio cortante que nos faz sentir o corpo melhor. o nosso corpo junto é mil vezes melhor, o amor. se tivesse que escolher um ninho era este. tu aí, deitada em todo o teu esplendor. tu e só tu e tudo o que representas me faz ficar quieto a ouvir o teu respirar. pensar que pude viver um dia sem te ter perto. . . .

terça-feira, 6 de julho de 2010

o final de um sonho com nome de final....

a mesma musica 4 anos mais tarde. . . Uma senhora de uma certa idade. Se há quatro anos estavas no carro a caminho do Norte, buscandoo teu norte numa fila de carros, com uma alma que não querias ter mas que dava o trabalho certo e não fazia muitas perguntas... um senhora de uma certa idade. Hoje aqui estás de novo, a senhora linda continua com uma certa idade. Hoje aqui estás de novo. A senhora linda continua com uma certa idade e os teus lamentos seguem aqui. O zero deixa sempre uma impressão de que podias ter feito mais. A cabeça no chão, as mãos suadas, a tristeza quase impensável e mortal do regresso. o regresso. o triste regresso. o impensável e triste regresso. Voltas para a mesma casa, aquela que é mas não é tua. Voltas para a tua mulher que será sempre a tua mulher, desta vez com mil perguntas, mil respostas, dez mil insinuações e tres mil desejos. serás sempre tu. A senhora tem uma certa idade mas mesmo assim dá-te o ombro que precisas, limpa-te as lágrimas que correm, lambe-te as feridas. Desta vez não foi só o zero contra o um, foi a vida nova que terminou agora e o inicio da tua vida real, aquela que tens de ser tu e só tu e apenas e só uma escolha, a tua, a nossa. A vida, a tua, tem já uma certa idade, cá estará para te abraçar, limpar as lágrimas que correm e já agora, dizer-te ao ouvido que lá fora há sempre tanta beleza por descobrir.

a lady of a certain age - the divine comedy.