terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Como tudo. Como nada


Desliga-se o telefone como se nada houvesse. E assim se fica. Sem nada a dizer. Sem nada para fazer. Como se não tivessem lambido as lágrimas um do outro. Como se nunca se tivessem abraçado com o unico amor de uma vida. Como se fossem estranhos. Como se tivessem esquecidas as mãos um do outro unidas para se encontrar. Como se o nosso sangue junto nada tivesse criado. Como se a vida seguisse. Como se tudo. Como se nada. Nada há. 

sábado, 17 de janeiro de 2015

Madrid já não dança comigo


Já não és nada. Já não brilhas nem me anseias com os teus passos de dança. Já não há a noite que se tornava dia num clicar de dedos. Já não há as pessoas que gostava de falar sem parar. Já não há as histórias que contava dos u2 no ultimo adeus à noite que terminava na casa de conforto. Já não me excitas com a musica funk que o Matias passava. Já não há nada. Já não há ninguém. Madrid não existes. Madrid já não me existes. Madrid deixaste de ser minha. Madrid fechou e eu danço longe.