quarta-feira, 15 de julho de 2009

ali e aqui. pelo meio tudo muda. aqui nada.

Aqui nada. ali nada tambem. Os meios de viagem são sempre as melhores partes. O ipod no volume máximo. em repeat uma música dos Killers que fala de cinderellas e outras coisas que não sei ao certo pois raramente leio as letras. é como se fosse o parente pobre da minha música. bem sei que é um erro, mas aqui admito os meus erros. afinal não custa admitir. não custa dizer que algo está mal. não custa nada. depois se resolve. Tenho viajado muito. 4 aviões em três dias. coisas curtas mas enriquecedoras. estar perto do céu abre-nos as ideias. torna-nos mais criativos, levanta-nos o ego. estamos assim mais perto da inspiração divina. Há uns dias fiz um estudo sobre uma música que há muito tinha na cabeça. não sei nada mais dela. não sei nada mais deles. fico fodido, ou melhor fico triste porque acho que vou ler isto na rádio, com o desprezo. com o silêncio. há duas coisas que hoje me chateiam muito, a falta de consideração e o desprezo. não desprezo ninguem. ninguem mesmo. sou eu. e o outro é o outro. não me deixo levar. não deixo que me levem. considera os meus erros. considera os meus pedidos de mudança. considera-me uma vez. ou duas. os killers continuam em repeat. everybody needs you. estou farto. estou farto. estou farto de mim. queria ter uma música destas para a poder tocar em repeat com a banda. queria ter uma banda.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

And i can ear them...

regresso aqui. a este sitio. ao silêncio. às colunas ao meu lado e o som que delas sai. hoje os low. e os tempos que eu e o david ouviamos isto sem parar. e ficávamos felizes de ser tão bonito. fechámos o clinic com lágrimas nos olhos e coração apertado. O david ali sentado imune. eu por ali em pé, imune. todos os outros ao meu lado, imunes. a mafalda e o seu vestido lindo branco imune. e o zé que chorava na cozinha pequena. não chorem mais os que sentem. fechámos o clinic. fui injusto para com ele. não o avisei. não quis que ficasse velho e com falta de charme. fui injusto para com ele mas não queria que ele chorasse mais uma noite sem que olhassem para ele com olhos de ver. e hoje ali se mantem. em repouso. e as lágrimas que me saltavam porque não me apetecia sair dali. e ouvir o let down dos radiohead para o resto da minha vida. e os blur e as lembranças dos saltos na cama por não ser mais que feliz. e as memórias dos pulos na cama por não caber em mim. e a felicidade de ser novo e não ter nada em que pensar. os blur. really could happen. as memórias do cheiro a verão na minha casa nova da altura. e eu que não queria crescer e eu que não quero crescer mais porque tenho medo de não conseguir crescer mais do que sou. e o david que ali estava sentado. e eu e ele que nos abraçámos. gosto tanto dele. tenho pena de não o ter mais perto, para partilharmos memórias e nos abraçarmos um ao outro quando temos medo de crescer. tenho medo de crescer. tenho medo de não conseguir crescer aquilo que quero. e este dilema. e as teclas pretas que se misturam com as brancas e a estética. aquilo que não quero fazer e aquilo que quero fazer. fechei os olhos. 3 ou mais minutos. não sei. foi o tempo de rodar a fechadura em sentido contrário ao do relógio. não fui eu quem o fechou pela ultima vez. fui cobarde e não o fechei. só na minha mente. minto se não disser que morri um pouco ali dentro. o clinic fechou e com ele fechei uma parte do meu coração. arrumei.o no canto das minhas memórias. e as memórias da minha casa de verão que cheirava a nova. e as noites no mosteiro com vontade de crescer e de me apaixonar. e quando me apaixonei. e esta música que é triste mas é tão bonita. words. ouviamos tudo o que o rui vargas passava. e depois escreveste-me cartas e eu respondia com canções. obrigado david. resposta às coisas simples que te pedi. e eu respondi vezes sem conta e depois voltámos as costas. são coisas da vida. e eu que não sei onde andas e tu que não sabes como ando. fechei o clinic com a chave da saudade. ao contrário dos relógios. aqui morreu um sonho. aqui nasceu um mito.