segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Em qualquer parte do mundo, uma grande canção...

Ella se desliza y me atropella
y, aunque a veces no me importe,
sé que el día que la pierda volveré a sufrir
por ella, que aparece y que se esconde,
que se marcha y que se queda,
que es pregunta y es respuesta
que es mi oscuridad, mi estrella.

Ella me peina el alma y me la enreda
va conmigo pero no sé dónde va
mi rival, mi compañera, que está tan dentro de mi vida
y, a la vez, está tan fuera, sé que volveré a
perderme y la encontraré de nuevo
pero con otro rostro y otro nombre diferente y otro
cuerpo pero sigue siendo ella, que otra vez me lleva,
nunca me responde si, al girar la rueda...

Ella se hace fría y se hace eterna
un suspiro en la tormenta, a la que tantas veces le
cambió la voz gente que va y que viene y siempre es ella
que me miente y me lo niega, que me olvida y me recuerda
pero, si mi boca se equivoca
pero, si mi boca se equivoca
y al llamarla nombro a otra
a veces siente compasión por este loco, ciego y loco
corazón

Sea lo que quiera Dios que sea
mi delito es la torpeza de ignorar que hay quien no
tiene corazón
y va quemando, va quemándome y me quema y, ¿ si fuera ella?

Ella me peina el alma y me la enreda;
van conmigo ...digo yo.
Mi rival, mi compañera; esa es ella.
Pero me cuesta, cuando otro adiós se ve tan cerca.
Y, la perderé de nuevo. Y outra vez preguntaré,
mientras se va y, no habrá respuesta.
Y, sie esa que se aleja...
La que estoy perdiend...
Y, ¿ si esa era? ¿ si fuera ella?

Sea lo que quiera Dios que sea
mi delito es la torpeza de ignorar que hay quien no
tiene corazón y va quemando, va quemándome y me quema
y, ¿ si fuera ella?

... a veces siente compasión por este loco, ciego y
loco corazón ¿era? ¿quién me dice si era ella?
y, si la vida es una rueda y va girando y nadie sabe
cuándo tiene que saltar
y la miro... y, ¿si fuera ella? y, ¿si fuera ella?

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

o interior coração doce. . .


...fazes 27. ele faria 60. Hoje, só hoje me apercebi que já não estavas por ali. por aquele estúdio por aquela casa. por aquelas vidas. pelas nossas vidas. de todos. todos somos muitos. a voz que eu às vezes não entendia tinha olhos que explicavam tudo... e isso é o melhor. "o interior coração doce" como a Ana hoje dizia. Um grande homem. Uma grande mulher. uma luz que não se apaga nunca e que todos hoje não deixaram uma vez mais que deixasse de nos iluminar. quero todos os anos que seja assim. exijo que seja assim. simples, com piano dificil de carregar mas que soou gigante, com cerveja que acaba e champanhe que acompanha às lágrimas e com bolos doces e com salgados que invariavelmente duram menos que os doces. era um doce coração. era uma voz salgada e uma alma com sabor a mundo. um ouvido que sabia ouvir o mundo e opinar sobre o mundo sem ferir desnecessariamente o mundo menos bonito... e todo o mundo o devia escutar. hoje percebi que tinhas morrido. só hoje percebi e confesso que fiquei em pânico. minutos antes de sair do carro já me começava a surgir na cabeça uma ideia triste de ir celebrar os teus anos. afinal havias morrido há tão pouco.... mas eu ainda não me tinha dado conta que morrer é apenas não estar ali. porque saí do carro com a nítida sensação que estavas por ali. de calças de ganga e camisa arregaçada e com a Ana por perto. A Ana vestia de preto e aí percebi. falta ele. faltas tu. faltas tanto tu. porque as canções ficam, as vozes também, os salgados invariavelmente acabam primeiro, os doces guardam-se para o fim e o mundo aplaude a tua presença. não estás aqui mas que saibas que fico muito triste por tudo, porque não te posso explicar o novo disco que já tenho na cabeça, nem te posso tocar numa versão só tua uma música linda que escrevi para a minha avó. e porque não podemos já rir e ouvir música com ouvidos do tamanho do mundo. hoje percebi que tinhas morrido. hoje percebi que ainda vives. com amor

PARABÊNS porque mereces o mundo....


mas assim um mundo grande. com muitas cores e coisas boas e pessoas que não nos fazem mal e fotos que nos saem quando nos esforçamos e acreditamos em nós. Acreditar. Acreditar. A - cre - di - tar - poderá ser esta a palavra que te desejo para este ano. para todos estes anos que se seguem. km 0. o dia de amanhã será melhor que hoje e assim acreditamos sempre um pouco mais. Sorri. Sorri sempre que possas. depois de acreditares o sorriso sai sem que dês conta. sem dares conta fecha os olhos e pede um desejo, ao lado estarei a dar-te a mão. amor de mim para ti. eternamente eu.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

a c r e d i t a e m t i


acreditar. eu acredito. mesmo com as horas que não consigo dormir. mesmo sem as certezas que queria ter. mesmo sem os teus olhos por perto. mesmo sem os sorrisos. mesmo com algumas lágrimas que não escorrem pela cara abaixo. nós. eu e tu. será assim tão dificil perceber que a vida é melhor que aquilo que alguma vez planeamos.

domingo, 3 de janeiro de 2010

e agora...


que te lembras dos dez anos que passaram....

Começou com uma noite no mosteiro. a pressa de chegar a casa antes que fosse muito tarde. comprei uma camisola numa loja em leiria. a rádio falava nos perigos dos computadores virarem o mundo a zeros e zeros e mais zeros.... no mosteiro estávamos todos. bom ano sónia, bom ano john, bom ano miguel. estávamos todos os outros, bom ano pedro, bom ano diogo, bom ano a todos... a noite foi igual a todas as outras. terminou cedo. o ritual de sempre. tinha tanto mundo na minha cabeça. tantas coisas que queria ter. tantas coisas que queria ver. num ápice... tudo se passou demasiado rápido. aquilo que vivi passou.se sem dar por nada. não dei por nada quando fiz músicas e discos e toquei cada vez para mais pessoas. não dei por nada quando fomos na aventura de ir para fora com o seguro de vida cá dentro. não dei por nada quando cheguei a londres pela primeira vez e trazia as saudades de não ter certezas de nada. não dei por nada quando chorei pelos amores que fui perdendo e pelos sorrisos dos amores que ía ganhando. não dei por nada. não me lembro já dos nomes do todas as pessoas que privei a minha intimidade. não me lembro da primeira vez que sorri por estar só de novo. não me lembro do que sofri por estar arrependido de ter feito as coisas mal. não me lembro do mar novo que conheci, das noites que dancei, das tardes que não tinha ainda dormido, nem das manhas que queria deixar de dormir. não me lembro dos golos que podiamos ter marcado. não me lembro de ter jogado. de ter ganho e perdido. não me lembro já como foi. como foi. como fiz. como falei. com quem falei. o que foram estes anos todos. o que foi isto de deixar passar o tempo sem me dar conta que ontem já lá está tão ao longe e mesmo assim ainda ontem, hoje o vivi. o tempo. lembro-me do tempo que passei a pensar. lembro-me do que podia ter feito. lembro-me de ter saltado pela janela uma vez. lembro-me de rir quando estive perto do perigo. lembro-me de ter tido medo. lembro.me de ter aberto o clinic. lembro-me de não hesitar em fechar o clinic. lembro-me do dia que te conheci. lembro-me do dia que te vi de novo e que não deixei mais de te querer ver mais. e saber que depois de ti não queria que existisse mais nada. depois de ti não quero mais nada. depos de ti nada mais quero. não me lembro de não querer mais. lembro-me de abrir a verniz. de deixar de acreditar em mim e depois rapidamente perceber que me arrependia de não acreditar ainda mais um pouco. lembro-me de chorar muito e rir pouco. não me lembro de rir com gosto. há quanto tempo não me rio com gosto. não me lembro. lembro.me dos desejos de ter mais e não lutar por mais nada. lembro-me do dia que vi o Lost In Translation. lembro-me do Moulin Rouge e de chorar. lembro-me de terminar a escola e saber que a minha vida começava ali. lembro-me de sair de casa uma série de vezes e querer ter uma casa só para mim. lembro-me da alegria que tenho sempre que jogo à bola. lembro-me acreditar que podiamos ser ouvidos pelo mundo. lembro-me de me respeitarem aqui dentro. lembro-me de deixar de ser pequeno logo deixar de ser respeitado. lembro-me de querer viver em londres. lembro-me de tudo. lembro-me de ouvir de novo o disco dos National e perceber que tinhas razão. lembro-me de chorar em barcelona com o concerto mais bonito que a bjork fez na vida. lembro-me de ter falado com ela em londres e não perceber como se podia ter tanta luz. lembro-me de acordar motivado. lembro-me de estar apaixonado umas quantas vezes e de repente querer fugir de tudo outra vez para que se possa repetir a sensação do inicio. lembro-me de tudo. hoje começo de novo. estou aqui. e agora que vais fazer para que te lembres de tudo?