terça-feira, 30 de dezembro de 2014

2015 nunca será 2014

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

O querer nunca deve estar distante e/ou ausente do agir.

domingo, 14 de dezembro de 2014

as memórias quase sempre concluem que o presente, mesmo que com dor, vale mais a pena.

terça-feira, 9 de dezembro de 2014

um puro privilégio.
acordei cedo. acordei com um telefone a vibrar do quarto ao lado. não sei que horas eram. tenho um relógio com uma hora a menos, outro com a hora certa e outro ainda com duas horas à frente. deixei-me ficar. até que ela acordasse. sai do seu lado e entra nos meus lençois. sou um privilegiado. Olhar nos olhos dela e ver que me quer perto. ao seu lado. -- - - entra aqui no meu ninho. Ali não interessam as horas.
Andei 900 km hoje. depois de a deixar, o normal. as lágrimas, o dizer adeus, as lágrimas sem que ela veja que existem, que escorrem pela minha cara abaixo. ---- --- - Adeus minha querida filha. eu amo-te e nunca o meu amor por ti vai acabar.
Trabalho sem que haja amanhã. amanhã não vou a nenhum lado porque a minha cabeça nunca está em lado nenhum. sempre com as musicas na minha cabeça. quase nunca desfruto. até agora.
Fecho os olhos e oiço aquela que não tem numero mas que já tem nome.
rio-me tanto. de alegria pura.
choro tanto de alegria pura.
um puro privilégio poder ouvir isto aqui quando o sol quase nasce. possivelmente no mesmo hotel onde hoje acordei um telemovel de um quarto ao lado vibrará e eu não quero mesmo saber que horas são.
sou um privilegiado por ainda poder dizer que amo alguem e que o meu amor nunca vai acabar.
sou um privilegiado sobretudo por ouvir musica nova tão intensamente bonita.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Um ecrã. Uns auscultadores forrados a madeira escura. Ouvir, pensar, trilhar, buscar, encontrar... Começo a gostar de novo daquilo que faço...


quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O frio da rua. As luzes cálidas das janelas que de tão perto estão, tão longe ficam. Naquele instante, mil imagens, mil indecisões. 
Naquele instante...
saudades de ter uma unica casa....

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

"all work and no play makes jack a dull boy"

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Colocou uma corda em volta do pescoço.
Pela ultima vez deu um passo em frente.
A meio caminho lembrou-se:
"A morte é mais simples que a vida"

domingo, 30 de novembro de 2014

Olhei dez vezes antes que chegasse. Como se não quisesse perder nem um segundo da sua presença. Chegou.
Chegaste.
Fico.
Fiquei.
Nunca mais conseguirei olhar-te nos olhos.

sábado, 22 de novembro de 2014

Amas-me?
Porque perguntas?
Respondido....

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Se fosse cego ouvia melhor e isso fazia-me ter saído do pesadelo mais cedo.

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Hoje há quem se digne. Ontem também. Dignificando deixo-me ir. Dignificando-me deixo-me levar.

terça-feira, 18 de novembro de 2014

Não troquei nada por nada. Apenas desisti de ti.

sábado, 6 de setembro de 2014

I know it hurts


Chegado a casa. Terminou. Terminou por hoje. Por ontem e por amanhã. Terminou.  Queria que começasse hoje de novo. Chegar a casa é bom porque fizemos um excelente trabalho, mas é mau porque é o primeiro momento sem trabalho. Trabalho há, mas sem as pessoas pela frente. Raramente olho para o publico. Como aquilo que de tanto respeitares deixas de ver. Mas há momentos que me ficam. Ontem uma rapariga cantava o In Repeat. Fi-lo tremendamente apaixonado pela mulher da minha vida. E hoje toco-a tremendamente apaixonado pela filha que me deu. Forget and reset, é só isso que tenho de fazer. Curioso escrever há 7 anos atrás aquilo que hoje devo fazer. Esquece, apaga tudo e começa... As paixões não se explicam, não se entendem, não se medem. Se mais ou menos. Se sim ou não.

Chegado a casa. Um mês.... hoje um mês, mais ou menos, menos semana mais semana...

Boarding Now. Sei lá o que é isto que se embarca. Que aventura é esta. Donde saiu para onde vai.

Chegado a casa. Fim de ciclo. Fim de ciclo. Fim de dia. Fim de semana e meses. Começa agora o novo. O novo que já começou há mias tempo do que devia.

I know it hurts. FKA TWIGS.....

Sofá lilás. Carpetes coloridas tv ligada por companhia. Piano desafinado de ser pouco utilizado e pelo calor e frio que aqui faz entre a noite e o dia.

Boarding now. Nao sei pra onde nem sei de onde.

Tenho corrido como se não houvesse mais nada de interessante para fazer. Assim oiço música...

Para onde vão as memórias dos cheiros. Quando corro pelo verão a dentro gosto de passar pelas pessoas recentemente perfumadas. Imagino o dia longo de praia. O duche e o perfume. O cabelo geralmente mal enxuto. Corro depressa e deixo-.me levar pelos perfumes que vou cheirando. Alguns conheço-os. Outros não. Associo caras aos corpos antigos. Muito antigos. Aquele do meu amigo Fróis que fez ontem anos e que não liguei. Que merda esta cabeça com falta de espaço para quem amo.... Perfumes. Isso mesmo...Perfumes que associamos aos corpos que outrora tivemos...Aquela que conheci em Leiria. A outra da minha primeira namorada a sério. O resto sei lá quem é. Um ou outro que me fica na cabeça. Tudo o resto não me interessa.

Texto esquizofrénico parte um .

Chego a casa... A cabeça percorre o que vivi nos últimos tempos.

Boarding Now.

Na tv jovens dinâmicas falam de marcas e música. O verde de Paredes de Coura e o vermelho da Vodafone.... que tretas de reuniões se inventaram para chegar a esta conclusão... mundo demasiado preocupado com merdas sem importância. Como eu hoje. O que importa? ter saúde e nunca mais ter tido dores no rim. Isso é a maior dádiva que tenho. Nunca mais quero aquela dor.

Texto esquizofrénico parte um e meio

Mundo...que mundo é este onde se ocupam países. O Putin é baixinho e fala demasiado alto. É um merdas portanto.

Texto esquizofrénico parte dois.

Chegado a casa. Nao sei o que devo fazer. Esta semana e a outra. E a depois da outra. Estou num fim de ciclo. Amanhã começa o dia cedo tenta correr e depois no meio de um perfume qualquer logo vês o que fazer.

Boarding Now.

A cama espera-te...

Espero por ti de braços abertos mesmo que seja para dizer que hoje termina-se aquilo que nunca quisemos começar...

terça-feira, 19 de agosto de 2014

papy olha. . . olho desde que não me veja.


Foi hoje. Começo de novo. Porquê não sei. Mas talvez porque comecei  ouvir música outra vez nos head-phones. porque a música a entrar directamente em mim não deixa nada mais que vontade de escrever, ou dançar... raras as vezes... como no lux, na pista de baixo com luzes brandas e a música que o Rui punha sem que déssemos por isso. O resto não interessa. Como sempre nunca interessa nada...
Foi Hoje de novo...
As teclas de tão pouco escrever não se sentem da mesma forma, parece que são mais leves. Talvez do uso que lhe dou no dia a dia. Maçã Q. Desisto. Maçã Q apago. Maçã Q arrumo. Maçã Q - fecho. Maçã Q - fecho-me.
Papy olha...
É só isso que me vem à cabeça. 
Olho desde que não me veja...
Papy olha.
E os pés a bater muito forte no sofá em sinal de contentamento. De excitação.
Papy olha, sou eu quem mais amas. Olha-me
Olho desde que sintas que te amo muito e que sou feliz. e não sou. ninguem é sempre feliz. desculpa não to dizer. . 
Papy olha...
Olho desde que não me veja
Hoje sonhei que estávamos num avião e que ele caia. Ou não caia. Não sei se acordei antes de cair se morri no sonho. Sei que chegou ao fim, desconhecendo a razão. o meu irmão estava ao meu lado. Tal e qual como agora está, neste avião moderno com possibilidade de carregares a bateria da tua vida paralela. Para nada necessitamos de uma vida paralela... Volta ao sonho Papy
...Será uma coincidência.
Escrevi uma ultima mensagem. “Embarco. Amo-te...” o telefone desistiu. Quase como se de uma mentira se tratasse. Apago antes de iludir. Não sei se amo, mas sei que amo. As teclas do computador estão de facto mais leves. Eu não. Sinto-me perdido, pesado, descompensado. Papy olha.
E eu olho minha querida filha. O meu amor por ti é maior que o sonho que alguma vez tive. O meu amor por ti é maior que aquilo que faço bem e mal na minha vida.
Hoje custa-me falar de mim, porque tenho medo de mim. Tenho medo de não ser eu quando digo sim e não. Tenho medo, mas talvez seja normal. A vida que eu escolho é sempre diferente daquilo que deveria escolher. O lado transgressor. Talvez seja isso que sou eu. Há sempre um caminho diferente e mais excitante a seguir. E se por momentos não tivesse que esconder quem eu sou. Por momentos seria diferente de todos, logo indiferente aos outros. Papy olha.
Eu olho.
O avião é moderno e carrega a nossa vida paralela.
O telefone carregou, tenho um mensagem para enviar. . . 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

tinhas razão andré. . .

be good.
todo este céu. todo esse céu. saio de casa sem querer muito sair. faço o jantar ou vou à farmácia. estou farto de estar em casa. escolho farmácia. recebo mensagem ao entrar no elevador. israel - o pai do andré morreu. entro no elevador. olho em frente. respira-se o que se pode. uma pena. tanta pena. era Abril. estava a atravessar um periodo muito mau. ligo ao andré. nuno preciso mesmo de estar contigo. e eu tambem. juntamo-nos por Lisboa. excitados por estarmos juntos e por podermos desabafar as coisas que nos vão na alma. as coisas que nos incomodam. as nossas penas. o meu pai vai morrer nuno. o meu pai vai morrer nuno. e não sei o que dizer. tento relembrar a ultima vez que o vi. na sunset. tinha que ser. acho que a primeira vez que o vi foi lá tambem. sempre alto. muito alto. talvez o mais alto. sempre educado. elegante. as melhores máscaras. veneza nunca esteve tão perto. alto. o mais alto de todos. alto não. elevado. o mais elevado de todos. elevação. cabeça no sitio. simpatia. e sobretudo elegância. quem seria tal senhor. um Senhor. volto à noite que me contaste. . . o meu pai vai morrer nuno. mais cedo ou mais tarde. eu tento reagir e dizer que os medicos às vezes se enganam. e na verdade enganaram-se. . . dois anos dizias tu querido andré... entro no elevador com estas conversas todas na cabeça. lembro-me de olhar nos teus olhos e tu com as lagrimas a ponto de cair, mas que nunca cairam, dizias - nuno já investiguei e li, o meu pai vai morrer... tinhas razão andré. tinhas infelizmente razão. Na sunset era sempre o mais elevado de todos. e queria que assim fosse lembrado. com elevação. o teu pai andré enchia o espaço por onde andava. é a melhor definição que posso encontrar. enchia em altura e largura. a alma. não era o olhar docil ou os movimentos brandos, era a elegância. nao saio desta palavra. elegância. tinhas razão andré. Acho que chovia lá fora. o carro com o carter furado. que se foda o carro. tenho um amigo a dizer-me que o pai vai morrer e o meu pai aos berros por causa do carro. que se fodam os carros se tenho uma amigo meu a dizer.me que o pai vai morrer. e ainda por cima tinha razão. o carro aí está, arranjado com peças novas anda e bem. O pai dele morreu. desço ao piso zero. saio de casa. abrigado. faz frio e chove-me na cara, não procuro abrigar-me. as lagrimas salgadas confudem-se com as gotas doces que caem do céu... os olhos do andré...nunca cairam... as minhas, caem. as do andré nunca chegaram a cair. sempre dizia depois de se abrir por um minuto que fosse - "mas eu nao quero falar muito disso". eu sempre lhe tentei convencer que às vezes os médicos enganam-se. . . e enganaram-se, nem um ano durou. nem uma mais presença elegante eu vi. cumprimentava-o no rossio com um olá à distância. as vezes somos crueis porque temos tanta pena das pessoas que o que fazemos é dizer à distancia um adeus. minto, uma vez cheguei.me perto. ía com a minha mãe. e motivamo.nos a ir mais perto e dizer um olá ao lado. cara a cara. Ola Senhor furtuoso. Chamou princesa à minha mãe. nunca tinha ouvido um homem ser tão justo com a minha mãe. de facto é uma princesa. olá e adeus. todas as outras vezes disse adues à distancia... como se nos fossemos despedindo aos poucos. aos poucos custa menos. o andré tinha razão. o teu pai morreu. todo este céu. todo esse céu. guardo para si o final... um abraço e que agora não sofra mais. porque apesar de tudo nunca deixará de ser aquilo que era na primeira vez que o vi. elevado. o mais elevado de todos. que o céu lhe trate como merece. elegante e elevado.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

vivo com isto. a bem ou a mal

vive-se com isso. ou bem ou mal. morreu ontem no seu apartamento. sozinho. por certo que estaria sozinho.  os maiores defeitos de um ser humano fazem-se, cometem-se quando estamos sozinhos. sozinho ninguem me julga. julgo-me depois eu. mas antes erro. actuo, destruo-me um pouco mais. eu sei destruir-me sempre que quiser. e sei que destruir-me não custa mais do que ficar em casa. lá fora sempre há mais vida que cá dentro. em madrid nao faço nada. toco. toco menos porque nao tenho piano. refiz uma musica linda que tinha há já 3 anos.  toco menos que devia. toco mais sempre que o tenho presente. não passo de amanha. amanha compro um piano. prometo-me. faça sol ou chuva ou neve. A neve que me salvou hoje. hoje decidi escrever mais. vou relatar isto que me passa. estas duvidas sobre o que aí vem. tenho tédio e isso não pode deixar de ser interessante de ler. demorar 15 minutos num percurso que se pode fazer em dois ou três... demorar 5 minutos a sair do carro. . . bem desta vez foi porque nevava e na rádio tocava por sorte do destino o chris isaak. nunca se pode abandonar o chris isaak. por muito que nos custe. nunca se pode abandonar tal perfeição, wicked game... ainda por cima a nevar. há horas felizes. no meio de tanto tédio acredito que foi o destino que me fez conduzir 15 minutos num percurso que se pode fazer em dois ou três... todos os dias pergunto-me se há algum jogo para ver. no dia 1 de janeiro prometi que lia um livro por semana e ouvia um disco por dia. até agora falhei redondamente. que se foda o reto. hoje neva lá fora e dei um rumo à minha vida. vou escrever mais e comprar um piano. assim acho que a neve ficará marcada para sempre aqui. aqui vive-se com isso. a bem ou a mal. os maiores defeitos de um ser humano fazem-se, cometem-se quando estamos sozinhos. . . lá fora neva, aqiui soa uma musica bonita e eu desligo. até já. voltarei com um piano no braço e a alma cheia de notas por fazer.

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

por muito que queira ser diferente.




Por muito que queira ser diferente. Não consigo ser mais que isto. Por muito que queira ser melhor não o consigo ser se o for sozinho. A vergonha de estar assim. Tenho medo de estar sozinho. E estar sozinho, apesar de ser dos melhores prazeres que conheço nunca é demasiado sozinho. o ego. Onde te ponho. Por muito que queira ser diferente não consigo ser melhor. A razão e a merda da fatalidade. A fatalidade da solidão que não quero que apareça nunca. Lá ao fundo dormem. Eu dormi o dia todo. Literalmente. Acordei à uma. Comi às 3. Dormi de novo às 4 e acordei às 7. Olhei o por do sol mais longe que alguma vez o vi. Já era de noite mas ainda vi o sol ao fundo, como se me tivesse a dizer adeus. Adeus vida solarenga. Depois não corri o que devia ter corrido e senti as veias a carregar mau sangue. Sangue triste e por muito que quisesse ser diferente já os órgãos todos carburavam más coisas. Ser mau porque não consegui ser melhor nos dias de solidão. E aquilo perdura. Hoje em dia dura mias que nunca. Por muito que  queira ser diferente não consigo. Não consigo. 23 dias. Gostava que fosse mais tempo. Estou triste e hoje é apenas segunda feira. O sangue que por aqui corre continua mal lavado. Triste. Solitário. Lá ao fundo dormem. E por aqui penso no que série eu daqui a 14 anos. Terei 50. 50. Estou tão fodido. Estou tão fodido. Estou tão fodido que não consigo sequer pensar direito. Por muito que queira ser diferente ninguém me tira os dias que aqui passo. Sou tão triste. Por muito que queira ser diferente. Madrid é a unica coisa que tenho e ao mesmo tempo é a coisa que menos me deixa ser eu.