terça-feira, 9 de dezembro de 2014

um puro privilégio.
acordei cedo. acordei com um telefone a vibrar do quarto ao lado. não sei que horas eram. tenho um relógio com uma hora a menos, outro com a hora certa e outro ainda com duas horas à frente. deixei-me ficar. até que ela acordasse. sai do seu lado e entra nos meus lençois. sou um privilegiado. Olhar nos olhos dela e ver que me quer perto. ao seu lado. -- - - entra aqui no meu ninho. Ali não interessam as horas.
Andei 900 km hoje. depois de a deixar, o normal. as lágrimas, o dizer adeus, as lágrimas sem que ela veja que existem, que escorrem pela minha cara abaixo. ---- --- - Adeus minha querida filha. eu amo-te e nunca o meu amor por ti vai acabar.
Trabalho sem que haja amanhã. amanhã não vou a nenhum lado porque a minha cabeça nunca está em lado nenhum. sempre com as musicas na minha cabeça. quase nunca desfruto. até agora.
Fecho os olhos e oiço aquela que não tem numero mas que já tem nome.
rio-me tanto. de alegria pura.
choro tanto de alegria pura.
um puro privilégio poder ouvir isto aqui quando o sol quase nasce. possivelmente no mesmo hotel onde hoje acordei um telemovel de um quarto ao lado vibrará e eu não quero mesmo saber que horas são.
sou um privilegiado por ainda poder dizer que amo alguem e que o meu amor nunca vai acabar.
sou um privilegiado sobretudo por ouvir musica nova tão intensamente bonita.

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