terça-feira, 28 de abril de 2009

sexta-feira, 24 de abril de 2009

o que querem mais de mim...


ou o que não querem de mim. Hoje já estou farto. Mesmo farto. quase que quero desistir. Desistir com todas as letras... 
d
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porque já não sei o que é o gosto. ou se o meu gosto é o gosto dos outros. ou de quem escreve e comanda de alguma forma a opinião. hoje não tive forças para mais. ficar em casa em silêncio porque sim. porque estou inseguro. porque não me acredito. porque não sinto o piano, nem o som que dele sai. nem os telefones que não quero atender e as responsabilidades de que quero fugir. hoje estou ferido. hoje estou desanimado, revoltadado. A revolta tira-me a razão. grito para dentro. berro milhares de asneiras. daquelas que se repetem quando algo nos corre mal ou quando queremos mesmo dizer que estamos ofendidos. FODA-SE ou as diversas maneiras de escrever o que não se escreve, grita-se. Hoje estou farto de não existir. Hoje sou quem mais achava que merecia atenção. Hoje queria que todos dissessem o que mais queria ouvir. o que mais merecia ouvir. Onde reside a perfeição. Hoje estou farto de merdas de preconceitos... e eu que tinha tantos conceitos na minha cabeça. Há coisas mais interessantes para nós. Ou a macacada dos pulos com batidas vindas de áfrica. deixem.se de merdas. se gosto daquela macacada? prefiro musica. se gosto do que hoje sinto? não porque estou com os musculos a doer de tanto nadar contra a corrente. desligo a corrente e querem acção. ligo a corrente e querem descanso. FODA_SE ou sei lá como se escreve este grito. se querem saber de mim? vão-se foder. com letras grandes para saberem que grito. Hoje sou outono porque matei a minha primavera....  a minha primavera que não me sai da cabeça que ainda não tenho coragem de lançar. e tu que dormes longe de mim. e eu que durmo no meu sofá que se queima pelo sol à medida que o tempo passa. e os meus cabelos brancos. e a paranoia da idade. ser mais novo é a unica coisa que eu não consigo mais ser. ou ser aquilo que significa ser novo. cair em graça- e hoje que aqui grito para dentro estou frustrado. o que querem mais de mim? que não assine, que não me defenda, que pule como um macaco, que diga yah, que tenha uns collants cor de rosa, que finja que gosto de macacada. Hoje estou farto de portugal. Hoje preciso que me deêm a mão, ou um ombro para chorar. Hoje quis chorar por ver o esforço dele que não dorme em paz, porque não dormes em paz? é um objecto redondo, é só isso. a informção que lá vem dentro vai chegar às pessoas. aquelas que gostam de musica. estou farto de macacadas. que se fodam os macacos das redações de lisboa. que se foda lisboa. que se fodam todos, os gays e os hetero. os cristão e ateus. os desportistas e os portistas. actores e actrizes. musicos e musicas que não chegam porque não ouvem antes de chegar. que se foda o piano e as canções que canto na minha cabeça mesmo ainda sem haver notas ou letras. que se fodam os discos que idealizo ou os nomes que valem em várias linguas. que se fodam as touradas e os defensores dos bichos. que se fodam as rádios. que se fodam os piratas dos directores. que se fodam os velhos e os novos. que se lixe a minha frustração. vai dormir. vai dormir nuno.
eu

quarta-feira, 15 de abril de 2009

sou teu. és tu




the beat will change your life. a frase simples que te escrevi quase sem querer. porque sabia que queria muito ir contigo adiante. dar-te a mão e esquecer todas as noites que dormi sózinho ou com alguem de quem nao gostava assim tanto. ou aquelas noites em que dormia porque sim. apenas porque não queria dizer não. e dizer que sim, que quero amar. quero amar com todas as letras e formas e deformar o mau hábito de ser desprendido. aqui estou. suave descanso enquanto dormes aqui ao lado. suave o descansar dos meus olhos quando os fecho e percorro o teu corpo. e os teus olhos que mudaram a minha vida. e tu. e tu e tu. e aquilo que és quando eu penso que já não há nada mais para conhecer. e o teu sorriso. e fazer.te rir porque sim. e nunca deixar de ter forças para levar-te mais longe. e nunca deixar de ter forças para te levar mais longe. longe de mim estão as noites sem querer. longe de mim pensar que íamos mudar as nossas vidas. cause the beat will change your life. dormes aqui ao lado. o lado que mais gosto em mim. és tu. sem duvidar um ponto. uma virgula. uma vez mais. e outra. e nunca hesitar em levar-te mais longe. há mais mundo do que aquele que te foi mostrado. há mais amor. há mais humildade. há mais trabalho. há mais amor. há eu e tu juntos. cause the beat will change your life. respiro fundo. respiro fundo. suave descanso este aqui que sinto ao lado do quarto que te faz dormir. sou teu. és tu.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

aqui, hoje,agora...



Já aqui estou. Já aqui voltei. Já conheço este lugar. Onde as luzes se acendem. Onde pela noite já não faz mais sentido não domir. Já conheço este sitio. Um sitio onde só existo eu. E onde conduzo sozinho. e finjo que não me custa virar costas. e finjo esquecer e deixar de pensar no que podeira ter sido aquilo que não conseguimos ser. e deixar que o meu futuro não me perturbe tanto como hoje, aqui, agora. Aqui hoje e agora. esta forma de dizer não consigo estar bem sem saber o que será de mim amanhã. Sempre gostei de uma frase especialmente poética de uma canção portuguesa de há uns anos atrás - "que vai ser de nós dois? o que virá depois". é simples mas acaba por poder ser nossa. Sempre a cantarolamos. ou sempre que duvidamos daquilo que possa ser o nosso futuro. o meu futuro. o teu futuro. o que vai ser de nós dois. o que virá depois. depois de quem? quem serei eu. o que sou eu depois de ti? o que sou eu depois de não te ter? sou um vazio sem saber o que sou hoje e muito menos sem saber o que sou amanhã. gostava de estar em londres contigo. uma foto que me lembra o que nos riamos por lá. ou berlim e as coisas que nos faziam rir. ou olhar-te nos olhos em barcelona e dizer-me que eram as unicas coisas realmente bonitas que conhecia. porque os teus olhos são mais que a côr. sei de cor a côr dos teus olhos. e a tua pele. e dizer-te ao ouvido quando dormes que não consigo ser amanhã se não te tenho aqui , hoje, agora. que vai ser de nós dois? volto a lisboa. volto hoje, aqui, hoje agora. amanha não sei. depois continuarei a dizer-te ao ouvido que te quero sempre perto.