segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

vivo com isto. a bem ou a mal

vive-se com isso. ou bem ou mal. morreu ontem no seu apartamento. sozinho. por certo que estaria sozinho.  os maiores defeitos de um ser humano fazem-se, cometem-se quando estamos sozinhos. sozinho ninguem me julga. julgo-me depois eu. mas antes erro. actuo, destruo-me um pouco mais. eu sei destruir-me sempre que quiser. e sei que destruir-me não custa mais do que ficar em casa. lá fora sempre há mais vida que cá dentro. em madrid nao faço nada. toco. toco menos porque nao tenho piano. refiz uma musica linda que tinha há já 3 anos.  toco menos que devia. toco mais sempre que o tenho presente. não passo de amanha. amanha compro um piano. prometo-me. faça sol ou chuva ou neve. A neve que me salvou hoje. hoje decidi escrever mais. vou relatar isto que me passa. estas duvidas sobre o que aí vem. tenho tédio e isso não pode deixar de ser interessante de ler. demorar 15 minutos num percurso que se pode fazer em dois ou três... demorar 5 minutos a sair do carro. . . bem desta vez foi porque nevava e na rádio tocava por sorte do destino o chris isaak. nunca se pode abandonar o chris isaak. por muito que nos custe. nunca se pode abandonar tal perfeição, wicked game... ainda por cima a nevar. há horas felizes. no meio de tanto tédio acredito que foi o destino que me fez conduzir 15 minutos num percurso que se pode fazer em dois ou três... todos os dias pergunto-me se há algum jogo para ver. no dia 1 de janeiro prometi que lia um livro por semana e ouvia um disco por dia. até agora falhei redondamente. que se foda o reto. hoje neva lá fora e dei um rumo à minha vida. vou escrever mais e comprar um piano. assim acho que a neve ficará marcada para sempre aqui. aqui vive-se com isso. a bem ou a mal. os maiores defeitos de um ser humano fazem-se, cometem-se quando estamos sozinhos. . . lá fora neva, aqiui soa uma musica bonita e eu desligo. até já. voltarei com um piano no braço e a alma cheia de notas por fazer.

Sem comentários: