quarta-feira, 10 de abril de 2013

um menino. outro menino. um com 4. outro com 6. dois meninos e um jardim. e umas cem mil formas de imaginar aquele espaço. o espaço que que nos rodeia. o espaço que rodeia as criançs é grande, é sempre grande. a minha sala de aula era gigante, tinha territórios, zonas que nunca ia, zonas que nunca entrava...nos dias de hoje, há uns anos atrás fui votar à minha sala de aula e tudo era incrivelmente pequeno, como se tivesse tudo encolhido. quando somos novos tudo é grande, tudo é possivel, tudo é imaginável. que saudades tenho eu de ser tudo maior que eu.  a Mia ontem disse que era um gatinho. tem dois anos e meio. disse que era um gatinho porque vè todos os dias um gato em casa, trata dele, damos-lhe tambem carinho e é um elemento da familia... um menino, outros menino. um com 4. outro com 6. dois meninos e um jardim. um entra em casa, o maior e nao diz que é um gato, pega numa arma, carregada que o pai deveria esconder numa gaveta, mas os meninos sabem tudo das casas. . . . eu era assim , sabia o que cada gaveta tinha, as coisas mais escondidas e mais secretas. sabia tudo.um com 4. outro com 6. dois meninos e um jardim. um entra em casa e sai com uma arma na mão... dá um tiro na cabeça do menino de 4. o menino de 4 morre com um tiro apenas na caebça. o mundo. este é o nosso mundo. que mundo é este. penso no que faria. mas depois deixo de pensar. penso como se devem sentir os pais e o menino de seis quando tiver 35. as vidas continuam. mas assim? penso de novo nos pais e nos tios e nos irmãos, mas deixo de imediato de pensar. mas penso e repenso e tenho um nó na garganta.que destinos sao estes. só tenho medo de uma coisa, de nao te ter até ao fim dos meus dias.....

2 comentários:

Anónimo disse...

entendo-te tão bem...
custa tanto pensar no como será amanhã e no quanto queremos estar presentes para sempre na vida deles...
como te entendo...

Anónimo disse...

Te quiero como gata boca arriba,

panza arriba te quiero,

maullando a través de tu mirada,

de este amor-jaula

violento,

lleno de zarpazos

como una noche de luna

y dos gatos enamorados

discutiendo su amor en los tejados,

amándose a gritos y llantos,

a maldiciones, lágrimas y sonrisas

(de esas que hacen temblar el cuerpo de alegría)

Te quiero como gata panza arriba

y me defiendo de huir,

de dejar esta pelea

de callejones y noches sin hablarnos,

este amor que me marea,

que me llena de polen,

de fertilidad

y me anda en el día por la espalda

haciéndome cosquillas.

No me voy, no quiero irme, dejarte,

te busco agazapada

ronroneando,

te busco saliendo detrás del sofá,

brincando sobre tu cama,

pasándote la cola por los ojos,

te busco desperezándome en la alfombra,

poniéndome los anteojos para leer

libros de educación del hogar

y no andar chiflada y saber manejar la casa,

poner la comida,

asear los cuartos,

amarte sin polvo y sin desorden,

amarte organizadamente,

poniéndole orden a este alboroto

de revolución y trabajo y amor

a tiempo y destiempo,

de noche, de madrugada,

en el baño,

riéndonos como gatos mansos,

lamiéndonos la cara como gatos viejos y cansados

a los pies del sofá de leer el periódico.

Te quiero como gata agradecida,

gorda de estar mimada,

te quiero como gata flaca

perseguida y llorona,

te quiero como gata, mi amor,

como gata, Anen,

como mujer,

te quiero.